Direto de Nárnia: O Messias Jumento e o Macaco Profeta.


Zé Luís

A alguns anos, bem antes da Disney produzir a série de filmes baseado nos livros das Crônicas de Nárnia, foi-me indicado C.S.Lewis, um brilhante escritor, amigo de Tolkien (autor de O Senhor dos Anéis), e com ele toda sua literatura, que até hoje garimpo entre livrarias e sebos.

Ganhei o livro, escrito entre 1949 e 1954, com todas as sete histórias. Devorei-o em três semanas.
Se você não é narniano, talvez não saiba que o primeiro filme da Disney, "O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa", na verdade é o segundo da série de livros, Príncipe Caspian é o terceiro, e estão gravando "As Aventuras do Peregrino da Alvorada", agora com a seqüencia correta.

No último livro da série, A Última Batalha, existe um trecho curioso (e inicialmente estranho para mim, já que sempre procuro nas entre-linhas). É onde é dado o início de toda a saga que se sucederá:

Dois amigos, um burro e um macaco, os dois falantes e vagabundos, encontram uma pele de leão. O macaco tem a idéia de cobrir a mula com a pele e dizer ao povo que aquele era Aslan, fazendo-se seu profeta.

Olhando para a atual conjuntura, pergunto até onde podia alcançar a visão de um homem comum.
O futuro estava revelado àquele ex-ateu?
Creio que vivemos esta época. Homens deixam-se usar mantos rotos, alguns até bem intencionados(a mula, na história, não se mostra satisfeita com a situação) tentando se passar pelo que nem o maís lindo dos seus sonhos seriam, enquanto oportunistas, totalmente desinteressados com a seriedade das coisas que se envolvem levianamente, tentam enriquecer as custas de enganos baseados em coisas que serão reais um dia.

Este é o princípio das dores do mundo narniano.

O desenrolar da história, com as inteligentes revira-voltas do autor, mostra-nos propósitos ocultos em cada facção daquele sociedade, revelando interesses ocultos e mesquinhos em cada grupo.
Aslan, Criador de Nárnia (e de outros mundos) usa cada coração para revelar a seus donos quem eram, e a escolha entre eternidade e condenação fica a cargo da escolha pessoal, não sujeitas a arbitrariedade do Grande Leão.

O que vivemos agora, fim de 2009, é o ínicio do fim narniano, quando o amor de muitos se esfria, jumentos travestidos de Grande Esperança e macacos querendo ser seus profetas, indiferentes a dor alheia, tudo em nome de riquezas pessoais.

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