Nossa Compulsão por Chutar "Santas"

Zé Luís
Ainda sobre o post com o infeliz evento envolvendo o Pastor Batista Jorge Linhares.
Deixe-me explicar do que se trata:
Alguém foi convidado a estar apreciando um evento de seu sobrinho - de pouco mais de cinco anos - que aconteceu em uma Igreja Evangélica.
Durante o evento, transformado num culto, o preletor acima citado trouxe "a palavra" para os que ali estavam, como se esse fossem ovelhas em busca de seu pastoreado, mesmo não sendo o evento, necessariamente um culto.
Conseqüências do Ato:
Total repulsa daqueles que não conheciam Jesus, nem o "Status Quo do universo gospel", em comentários abertos e preconceituosos da parte de quem se diz "mensageiro de Deus".
No site onde foi postado, os comentários e indignação foram contra TODOS os cristãos .
Conheço pessoas que viveram a tragédia que se abateu em Santa Catarina. Viram seus bens, conquistados em uma vida, desaparecerem de uma hora para outra. Em Itajaí, cidade costeira, o mau cheiro teve sua origem revelada quando a prefeitura conseguiu remover toneladas de barro vindas do interior do estado, e descobrir nelas corpos e animais.
A dor deste povo não foi suficiente para alguém associa-la a punição divina causada - segundo o "sábio pregador" - pela possibilidade de haver casamentos homossexuais no Brasil?
Imagine o cidadão chegando em meio ao velório e consolando os parentes:
"Conforme-se. Seu bebê morreu porque Deus não quer que gays casem..."

Para piorar, nós, que freqüentamos igrejas evangélicas, sabemos muito bem que muitos outros respeitáveis pregadores (conhecidos ou não), hora ou outra, se ocupam em apontar falhas nas crenças alheias. O velho costume desastroso de chutar os ídolos dos outros.
Proponho algo a estes: que ofendam, diante da torcida corintiana(ou qualquer outra torcida apaixonada), o objeto de adoração deles (rasgar a bandeira do clube, por exemplo). Ao invés de homossexuais conhecidos, desdenhem de traficantes conhecidos. Que tal?
Quem se propõe a ter um único discurso em defesa da fé, tem que fazer isso diante daqueles que podem revidar, e não apenas diante daqueles que - supostamente - o admiram.
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