Mais sobre Jugos: Quando não há como nos acompanhar.
![Tem coisas que a gente vê que não dá mesmo... cristão confuso](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLg4paOqwYWzeUF_wJfF4gnREMUJ6g3lWYkT2j5B0c0OlJvUKF-LX1xmJoKyIkidGqDyCPU1mYUqvaPr-LuGLQhAkZ3QXzjaxG-FxwDc3Rtk_w27DG4mV4AAlOXwGZramNopeGF7KxnUGY/s640/romance-dificil.jpg)
Como já postado, jugos (ou cangas) são aqueles apetrechos atados nos pescoços do gado, que puxam arado no intuito de direcionar seu caminho enquanto preparam a terra para o plantio.
Não só Jesus usou o exemplo, quando comparava sua doutrina a dos fariseus, ou em como proceder enquanto conduz o arado, fixando-se no caminho, sem perder o foco, mas era uma sociedade com este aparelho muito presente na cultura, e outros escritores da bíblia também usaram.
O campeão dos versículos usados quando um jovem cristão pergunta sobre namorar com alguém que não confessa a mesma fé é esse:
“Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos” II Coríntios 6.14
Isso é dito, e pronto. Resolvido. Como se fosse mandamento ou mantra. Permita que eu isole outro texto, “postado" para a mesma igreja:
“se alguma mulher tem marido incrédulo, e ele consente em habitar com ela, não se separe dele...” I Corínthios 7.13
Muitos alegam que os conceitos morais – ligados normalmente a sexualidade – são os principais problemas evitados quando o “jugo é desigual”, mas o que seria essa desigualdade de cangalha?
Imagine dois bois atados para andarem juntos. Um tem em seu pescoço a leve, mas necessária, obrigação de cumprir com o que o Espírito que nele habita o direciona, enquanto o outro boi, com uma canga diferente(ou nenhuma), é dirigida pelo próprio boi, fazendo o que lhe vem a mente, não sendo necessariamente atitudes sempre más, mas sem compromisso com o Caminho que o outro se comprometeu a seguir.
O curioso é que a igreja, a qual a carta é enviada, é a comunidade da cidade de Corintho. Nela, todos os dons espirituais são manifestos. Em contra-partida, intrigas, fofocas, homossexualismo - tudo isso e muito mais - eram flagrantes na vida daqueles crentes da igreja primitiva.
Embora Jesus tenha dito que aquele que se separa adultera, e só no caso de pornéia a separação seria admitida, Paulo consente que a separação ocorra em casos de divergência de fé, embora admita, se consentido pelo parceiro pagão, que o casamento continue.
Voltando ao primeiro versículo citado, a recomendação paulina vem dentro de um contexto de uma vida miserável que os crentes eram capazes de suportar, com flagelos, açoites, perseguições e mortes, e que alguém sem o Espírito não teria condições humanas de suporta-la.
Era um mundo onde deuses gregos e romanos ajudavam a movimentar a economia, e alterações nesta área incomodavam empresários, fecharia fábricas de imagens, geraria desemprego de sacerdotes destas religiões, e traria miséria a muitas famílias, além de ameaçar a cultura tradicionalmente transmitida a séculos.
Cristãos, que aumentavam em adesão em grande velocidade, não consumiam os produtos (imagens, apetrechos mágicos, sacrifícios) daqueles grupos,os ricos religiosos daquela época. (hoje, eles já aprenderam: vendem quinquilharias e as rotulam “evangélicas”, recuperando assim a fortuna perdida em outros tempos”).
O problema não era a sexualidade. Era dinheiro. Mamom. O deus concorrente ao verdadeiro Jeová. O versículo, usado de forma errônea, pode servir como pretexto, mas em seu contexto é outro.
Certamente, muitos se aproximarão de crentes esperando que estes abandonem seu costume cristão, e tentarão que ele assuma seu comportamento descompromissado com qualquer coisa moral ou ética. O cristão e o não-cristão tem conhecimento da lei vingente do país e sabe que roubo, assassinato, tráfico, consumo de drogas, corrupção, são crimes puniveis por código penal, além de que, para o que se diz cristão, é algo evitado por amar e respeitar a Deus.
E por amor a Deus, como quem respeita um bom Pai, ou Mãe (como na “A Cabana”), procuramos nos guardar de comportamentos, independente de mandamentos.
Um bom “estudo” em MP3 sobre sexualidade, é ministrado por Ed René Kivitz, em Luxúria, numa série de pregações sobre os 7 Pecados Capitais.
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