Maledeta Inveja!

Zé Luís


Sempre que posso, baixo gratuitamente mensagens em mp3 do Pastor Kivitz e Ariovaldo Ramos direto do site da IBAB. Não me lembro de não ter sido edificado através destes pregadores.

Diverti-me ouvindo as mensagens sobre os Sete Pecados Capitais, percebendo o quanto estamos distantes de poder cumprir a auto-analise sugerida por Paulo: nos falta critérios.

Os pecados, onde pela ordem de “importância” (que seria mais por ordem de capacidade destrutiva) vai do Orgulho (ou soberba) considerado o maior de todos os pecados, à Luxuria, lá no final da lista.

Estranhamente, mesmo com a soberba sendo o pecado dos pecados, considerado por Agostinho como uma espécie de “mega-pecado”, (o que derrubou Lúcifer, responsável pela guerra no Céu, tendo expurgado boa parte dos seres daquela dimensão), muitos dos nossos irmãos ainda julgam pecados ligados a sexualidade entre os mais terríveis e imperdoáveis e aceitam com facilidade as enormes falhas de caráter evidentes nas megalomanias de lideranças nitidamente egocêntricas e manipuladoras de suas ovelhas.

Ouvindo sobre a inveja, eu, que julgava-me livre deste pecado, fui obrigado a reconhecer mais uma fissura em uma alma que jugara não estar tão danificada.

Um exemplo interessante:

Sou baixista desde a adolescência, e na igreja onde congrego, sou reconhecido como um bom músico. Um grupo de irmãos me procura e conta sobre a excelente banda da igreja que visitaram: que cantores! - dizem – E o guitarrista? Perfeito!...

Até aí tudo bem, mas de repente um comentário mexe com meus brios:

- E o baixista? Você precisava ver como tocava bem! Nunca vi ninguém tocar daquela forma! Maravilhoso...
- Como assim! - pensei, com aquele sentimento estranho. Como melhor que eu? Quem esse pensa que é? Melhor que eu... oras.
Inveja é assim. A gente não sabe que tem até que se manisfesta. Quantas mulheres depreciam outras simplesmente pelo fato de admirarem o tipo de beleza do que julgam ser oponentes.

A inveja de Caim levou ao primeiro assassinato da bíblia.
A inveja de Saul fez da vida de Davi um inferno, sendo a razão de sua própria ruína

Reconheço que a posição de João Batista, deixando-se diminuir bem no auge de seu sucesso como profeta, não é algo fácil para nossos brios. Por isso era um homem tão especial, reconhecido pelo Mestre como o maior dos homens, o último de sua linhagem.

Por ironia, entre muitos daqueles internautas defensores ferrenhos da bíblia, zelosos por seu cumprimento – muitas vezes com truculência – exalam esse odor com extrema naturalidade, como se o possível pecado do sorriso espontâneo fosse mais importante do que a escancarada Inveja.

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