O sentido primordial

por Zé Luís

A Eclésia (em grego: Εκκλησία, ekklesia) era a principal assembleia popular da democracia ateniense na Grécia Antiga, aberta a todos os cidadãos do sexo masculino, com mais de dezoito anos. Foi criada por Sólon em 594 a.C.. Todas as classes de cidadãos podiam participar dela. A Eclésia abria suas portas para todos os cidadãos para que se nomeassem e votassem magistrados (indiretamente votando ao Areópago) e estrategos, para que se tivesse a decisão final acerca de legislação, guerra e paz; e para que os magistrados respondessem por seus anos no cargo.

No século V a.C.. havia 43 000 pessoas participando da Eclésia. Originalmente, se encontrava uma vez a cada mês, mas mais tarde se encontrava três ou quatro vezes por mês. Os assuntos eram estabelecidos pelo Bulé. Os votos eram contados pelas mãos.

Ecclesia é uma palavra latina, e hoje significa "igreja", mas originalmente significava "curral" ou "abrigo de ovelhas".

Diante de uma declaração de Cefaz, o Mestre diz que seu discípulo recebeu dos céus uma revelação poderosa, direta da sala do Trono. A partir dessa pequena pedra dita (e material usado para edificar o templo onde o Filho seria celebrado), é que a edificação partirá disto. “O inferno não conseguirá manter as portas trancadas...” disse o Cristo, quando a “Eclesia” feita em torno disso reunir-se.(Mt 16, 17-18)

Muito se fala sobre a igreja primitiva, e é comum imaginarmos templos simples com pessoas sinceras, vivendo algo intenso e eficaz, embora a maioria dos cristãos minimamente instruídos saibam que não haviam templos para isso: muitas reuniões eram feitas de forma secreta, algumas nas tumbas subterrâneas das cidades romanas.

Um dos argumentos mais fortes para justificar a plantação de templos é a necessidade urgente de edificação de locais para celebração, quando ficou muito claro que igreja é onde dois ou três celebram essa verdade: que Jesus era o Filho encarnado de Deus.

Desconfie diante de um apelo prolongado por uma igreja mais confortável e bem edificada, e  nada sobre o próprio Cristo for oferecido: isso não é eclésia, é religião e nada tem haver com aquilo que te transformou em ser salvo.

Muitos defenderão que essa proliferação de imóveis com fim religioso é um sinal para o mundo de que expandimos para que Cristo, quando enfim totalmente informado, possa voltar para os seus. Mas se não informar o verdadeiro Evangelho, tudo isso não passa de um ciclo de levantamento de verba para construir mais prédios com placas e cruzes, que levantará mais verbas, para construção de mais salões...

Todos nós, cristãos, sejam novos convertidos ou apóstolo da beterraba roxa, temos em nossa memória o milagre de ter experimentado quando acordou diferente, e sentiu que algo, no meio de tudo aquilo era real.

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