A melhor coisa do Natal

por Zé Luís


É sempre ela que sacrificamos com nosso trabalho, com o discurso -  paradoxal - que fazemos por ela.

Em nome dela deixamos de fazer loucuras, se tivermos amor suficiente. No final, é por ela que ansiaremos (mesmo que não passe de uma ficção, uma projeção irreal do que é).

Os jovens não sabem ainda, mas aquelas brigas idiotas de irmãos, aquelas imensas bobagens virarão piada obrigatória nas reuniões de família. A "nona" aprontando com sua senilidade, o bendito parente que não se controla com a bebida, e que sempre é inconveniente, a criança que se estabaca no chão, e paralisa a todos com seu choro estrondoso.

O peru que passou do ponto, aquele pavê de bolacha maisena que provoca sempre o infame trocadilho, a molecada brigando para ficar com a coxa, o presente trocado que faz com que aquele, que acabou de perder o tão esperado celular logo após terem destrocado, e ficar com aquele jogo de cuecas, e ficar com aquele sorriso idiota, fingindo que não liga por ter ganhado aquela porcaria.

A gente acaba rindo disso.

Tudo isso daí faz parte de uma rotina feliz de se viver em família, e ainda vale a pena, apesar de todo um império trevoso militar para destruir exatamente isto.

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