por Zé Luís Existe algo no homem, uma minúscula fresta em sua alma, que cabe um oceano. Chavão ou não, passamos a vida tentando preencher esse espaço, e nessa, engordamos, nos perdemos em nossa sexualidade, seguimos a receita de outro perdido que jura ter acertado, lutamos, trabalhamos, roubamos, enganamos para ter - esquecendo que o que importa pode estar no "ser". O prazer, a gargalhada, o tesão, o apetite saciado, a sensação de vitória, a vantagem sobre os outros... Tudo empurrado para dentro dessa pequena fissura, na esperança de preenche-lo e sentirmos paz. A tecnologia é a grande resposta: Somos capazes de construir coisas inimagináveis e alcançar lugares inatingíveis, só para tentar tocar na velha "felicidade", a mesma que nos inundava quando criança, mamãe voltava da rua trazendo uma bala ou lápis de cor, um estado imaginário que nos alivia e momentaneamente prega a peça, quase nos convencendo, que somos capazes de nos sentirmos plenos através d