“E vós? Quem dizeis que eu sou?” - mais uma peça linda da Cia Real de Teatro

por Zé Luís

É domingo, 19 de Agosto de 2012.

O local: Uma igreja no topo do morro de um bairro de periferia em São Bernardo do Campo, ABC Paulista, com capacidade para 250 pessoas. Aquela tarde a igreja estará abarrotada. Lá fora, o som alto do funk e o forró se misturam nos bares espalhados entre as ruas estreitas

Uma equipe de mais de 20 pessoas chega, e adentra o salão com pacotes, roupas e artefatos diversos. Vão logo montando o cenário no qual se desenhará a peça.

Eram estes os atores: jovens, educados, crentes, acessíveis, sem estrelismos. Agradeciam a cada colaboração dos irmãos da comunidade, a cada ajuda oferecida, sorriam a cada cumprimento, sempre empenhados em montar o que seria o ambiente onde se desenrolará a trama “E vós? Quem dizeis que eu sou?” da Cia. Real de Teatro, grupo cristão de artes cênicas.

Já tinha visto outra peça, do mesmo grupo, e achava que seria muito difícil ser impactado como fui da primeira vez. Ledo engano.

A qualidade da atuação continuou surpreendendo, ainda mais quando nessa foram inclusas mais músicas, coreografias, testemunhos, danças, e tantos outros recursos que só o teatro pode proporcionar.

Mas se pensava que iria apenas assistir uma apresentação teatral com atores talentosos, mais uma vez me equivoquei: o que se desenrolou no decorrer da apresentação extrapolou o que outras escolas de teatro seculares são capazes de oferecer: Deus nos brindou com sua presença, e circulou livremente entre os que ali estavam, transformando tudo em um imenso e legítimo culto, com regeneração e conversão de almas (e posso garantir: isso não é papo de crente).

Não. Não posso aqui cometer a maldade de revelar os pormenores de algo tão impactante como essa peça e roubar daquele que ainda não assistiu o choque que certas cenas causam, falando diretamente a alma. Posso garantir que fiquei muito grato a Deus em convidar alguns amigos para assistir, e ver que as lágrimas desciam não só dos meus olhos, mas dos deles também, assim como desciam pelo rosto da grande maioria da comunidade que ali estava, diante de um autêntico mover do Espírito.

Sim: os atores, as grandes estrelas da noite, louvavam e intercediam em orações pelo público, e eram eles que abraçavam e choravam com as almas quando essas se converteram a Cristo, ainda durante a peça.

Prometi ao diretor, Pr. Davi Rocillo que, se a apresentação me fizesse chorar de novo (como ocorreu em “Estações”), tiraria fotos - o que não é permitido durante a peça – e as divulgaria aqui no blog.

Davi: Não cumprirei a promessa , claro, embora tenha chorado copiosamente diante dos meus amigos, visitantes que pretendia mostrar compostura. Sua sorte é que eles também choravam.

O custo do espetáculo para a igreja? Eles nada pedem, vendem trufas (gastei o que eu tinha na carteira com aqueles chocolates, pergunta se sobrou?) e blocos de rascunho, isso se alguém achar que pode ou quer colaborar( a arrecadação será investida no pagamento da montagem de seu DVD, na manutenção do vasto figurino, e no sustento de missionários na África.

Confesso que já paguei bem mais caro para ver peças bem menos elaboradas, com mensagens nada edificantes. Mesmo assim, creio que por mais que pudesse se pagar, a magia daquele dia não poderá ser reencenado, por mais que se ensaie, por mais que se aprimore.

Por conta da gratidão daquela noite, faço questão de divulgá-los aqui, no meu pequeno espaço.

Recomendo e indico, inclusive para aqueles cristãos que desejam ingressar no caminho das artes cênicas, já que o Pastor Davi Rocillo oferece cursos na área.

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