Conforme está escrito
por Zé Luís
Nos dias de hoje, não é raro ver e
ouvir testemunhos fantásticos nas igrejas, em cultos
televisionados – que pela boa propaganda, acabam lotados de gente
que quer as coisas prometidas pelo pastor a todo aquele que for fiel
em suas contribuições.
Sejamos francos: esses
pastores não buscam ovelhas, captam recursos para manter suas
instituições financeiras, projetando na mídia, a propaganda
eficaz: “Deus faz quando EU mando”. Usando ainda mais de
sinceridade, essas pessoas, na maioria, vão aos locais chamados
templos de adoração para conseguir favores ou dotes. Tanto faz ser
estão pedindo a Deus ou a um vereador: o que importa é alcançar o
objeto desejado, seja ele saúde, amor, dinheiro, profissão,
sucesso. Na maioria das vezes, nos templos – ditos – de adoração,
quando isso existe, é um desejo mercenário de toma-lá-da-cá.
A propaganda ainda é a
arma do negócio: indigentes tornando-se empresários milionários do
dia para noite, curas diárias de doenças raríssimas – e outras
nem tão raras, casamentos e relações restituídas sem diálogo,
apenas com a oração de um estranho que nem se lembrou de perguntar
onde era o problema daquele casal, demônios dando entrevista,
reforçando ainda mais que aquela igreja – em específico, e não
qualquer igreja - tem poder para conseguir que um diabo fale
verdades diante de uma plateia (como não fosse ele o pai da
mentira).
Compreenda: é claro
que existe gente sincera nesses lugares, gente buscando fazer a vida
andar nos trilhos do bem, gente que procura estar com sua consciência
limpa... assim como em todas religiões, e fora da crença
religiosa, ou mesmo nos presídios ou entre a bandidagem.
Mas tanto nesse ou
naquele lugar, ainda existe um “algo” perambulando – na maioria
das vezes – incógnito, desapercebido pelos homens, indesejado por
muitos e absurdamente desconhecido.
Ele está desde o
começo das eras, criando e recriando, gerando e mantendo.
Ela pensa, vê, está
consciente, lúcido, controlando cada ato natural a sua volta. Embora
isso seja claramente mostras de seu poder, Ele (com letra maiúscula
mesmo, já fica claro de Quem falamos) controla com exatidão sua
força, sem que ela nos esmague ou engula como incêndio sobre a
palha. O segredo do poder extremo – e único - é o controle
extremos sobre este, dizendo para avalanche: até aqui você vai, e
daqui você não passa”, “Não engula a Terra, Sol. Mantenha-se
pelos séculos como luminar...”.
Sobre esse poder,
profetas suspiraram a respeito, revelando ao povo - que o esperava -
que um dia Ele moraria em nós, tornando-nos templo, apesar da
imundice que permeia nossa alma. Essas gentes sonharam e suspirava
pelo dia em que seriam merecedoras de ter o Criador de Universos
dentro de nossa própria alma. Dia que nunca chegou. Não somos
merecedores e nunca seriamos.
Então, Ele envia a
Ele, para que por Ele pudêssemos possuir sua Essência em nosso
viver. “Bom demais para ser verdade” seria a tradução mais
exata para “Evangelho”.
Não mereceríamos, mas
Ele, que morre sem ter os quesitos para a morte (já que só os que
pecam devem morrer, e Deus, como homem, não pecou), quebra a regra,
e tem então, livre escolha sobre quem será salvo.
Desde então, os
exilados do inferno e seus ajudantes (muitos desses, nem sabem
conscientemente que o são) procuram ao derredor, para tragar com
suas mentiras todo aquele que pensar em beber dessa fonte de Poder,
usam da ganância humana latente, confundindo a potência do seu
Espírito com um simples realizador de desejos mesquinhos, demônios
empestearam a terra com a ideia que o Santo Espírito nada mais é
que mais um efeito da Natureza, e os homens, em seu egoísmo,
abraçaram a mentira alegremente, em nome de seus projetos mais
mesquinhos.
Mas então, em certo
momento, é dado ouvidos a esse Eterno Espírito, anterior ao
espirito profundo da terra – citado pelo inquisidor de Ivan
Karamazov – e esse, por ser Deus, tem todo o Poder para ir e parar,
saber até onde vai o pensamento, e onde ele deve se dispersar.
Nesse momento, quando o
Sagrado incompreensivelmente visita o homem, passamos de criação
para espécie divina – não por sermos, mas pelo que nos habita -e
começamos a ver, gradativa e involuntária, a restituição de nossa
humanidade, a entender o que eramos antes da queda. É quando as
coisas velhas começam a ser vistas como coisas velhas, e finamente
um mundo novo se desenha.
Alguns, que passaram a
vida falando desse Espírito, nunca o tiveram, e a reconstrução
perceptível de sua alma, embora impressionante, foi superficial,
baseado nas regras adestradas, que lutou a vida toda para manter em
prática, mesmo não tendo em seu íntimo a Força para fazer essas
coisas acontecerem de forma natural.
O que ainda me emociona
é a reconstrução dessas pessoas que permitiram receber o Espírito
Sagrado, aquele que concatena a Bíblia inteira, aquele que é tudo
em todos, os que nos torna um, e que esse mundo nunca compreenderá.
Nós, que já o
recebemos – e todos que compreendem isso, sempre lamentam por ser
tão tardiamente o corrido dessa compreensão – vamos às lágrimas
ao ver que Ele ainda trabalha nas transformações das almas mortas a
nossa volta: O que abandona o vício, sua soberba, egoísmo, admitiu
sua maldade de joelhos e em lágrimas, sem medo da dor que é
arrancar velhas cascas podres do ser.
Choramos por ver que um
dia passamos por isso, e que existe a certeza de que, apesar das
canalhices dos que se dizem “cristãos” - e não o são, já que
em nada parecem com Cristo – apesar do nome de um “jesus” -com
letra minúscula, por ser genérico e servir às necessidades de
homens e organizações – o Espírito aproveita o coração daquele
que está ali por Ele e o direciona, e no devido tempo, o salvará de
forma inexplicável.
Serão esses
“enganados” que disciplinarão, julgarão e - quem sabe? -
evangelizarão essa raça de víboras que levaram o Evangelho à
vergonha que vemos hoje.
Como discípulo típico,
as vezes, sinto vontade de pedir a Jesus que mande fogo sobre essa ou
aquela entidade, para que pare de blasfemar contra o amor de Deus,
mas não é para isso – ainda – que o Espírito permanece na
terra.
Um dia Ele se retirará
dessa existência, não para atender às orações daqueles que
tanto querem viver conforme suas estratégias pessoais, mas porque
está escrito que O faria.
Nesse dia, entenderão
o que fizeram, e lamentarão. Pedirão para que a morte seja capaz de
interromper seus pensamentos, e só então saberão que o suicídio
não interrompe nada, e que a Justiça será cumprida, conforme está
escrito.
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Ui!!!
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