A RES É PÚBLICA, MAS A COSA É NOSTRA
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0CjNCX57jmKIUARbdvRy9TAcv4WKuVN9n8njz0iQJg83KtFajS8v60DxD_kP0-blmqp30sbZtwR1cxFCrCh7Omsn48WsGueg1mLzs06bjJN_9rRH-Qik4gx3rbS4yvX9XuCCVpT4P5TtY/s1600/33756.jpg)
por Ed René Kivitz A mistura entre religião e política é nitroglicerina pura. Quem mexe na coisa com displicência ou de maneira inadequada corre riscos de ver a mistura explodir causando danos não raras vezes irreparáveis. Essa nitroglicerina entrou de vez, e pela porta dos fundos, diga-se de passagem, no atual cenário eleitoral. Os apoios dos religiosos aos candidatos nas próximas eleições ocupam as páginas dos jornais e as mídias virtuais. Estão presentes também nos púlpitos das igrejas, notadamente aquelas caracterizadas por lideranças de pendor autoritário – não admitem questionamento e muito menos contestação – no modelo clericalista tipo “a igreja é minha”. Pastores, bispos e apóstolos “abençoam” publicamente seus respectivos candidatos, com direito a orações, discursos e defesas em nome da fé e de Deus. As fronteiras entre templos e praças públicas, púlpitos e palanques, fiéis e eleitorado, guias espirituais e cabos eleitorais foram absolutamente devassadas. As comunidades