Cristãos arriscam suas vidas por pessoas de outra religião

 Traduzido por Zé Luís

Sim! Eles foram até as últimas consequências no ensino que tiveram de Jesus Cristo. Nem sempre é fácil fazer o certo quando tudo lá fora apóia o mal.

Cornélia ten-Boom (ou "Corrie") e sua família eram cristãos quando foram presos por salvar judeus alemães durante o Holocausto Nazista.

Corrie (a garota a direita na foto) escreveu muitos livros incluindo "O Lugar Escondido", onde descreve suas experiências durante a guerra. Ela fundou uma igreja para pessoas com deficiências mentais, criou crianças adotivas em sua casa e muitos outras obras de caridade.

Seu pai, Casper ten-Bomm, era um devotado leitor do Velho testamento. Ele acreditava que os judeus eram o povo escolhido, e toda a sua família, incluindo a pequena Corrie, suas irmãs Nolie e Betsie, seu irmão Willen, e vários outros parentes ajudaram a esconder os refugiados dos nazistas. Além de escondê-los, a família ainda supria as necessidades da dieta judia, como o kosher, além de ajudarem a honrar o Sábado, dia sagrado para os israelitas.

Em 28 de fevereiro de 1944, um informante alemão entregou a família aos nazistas, o que resultou na prisão de todos. Eles foram enviados para a prisão de Scheveningen; Nollie e Willem foram soltos juntamente com Peter, sobrinho de Corrie, mas seu pai, Casper, morreria dez dias depois. 

Corrie e Betsie foram transferidos de Scheveningen para o campo de prisoneiros políticos Herzogenbusch e finalmente, para o campo de concentração alemão Ravensbrück, onde Betsie morreria no dia 16 de Dezembro do mesmo ano. Pouco antes de sua morte, Betsie disse a Corrie:

"Não existe um buraco tão profundo que Deus não seja capaz de alcançar".


Corrie foi liberta doze dias depois, em 28 de dezembro, após ser constatado falta de "evidências materiais". No filme, baseado em seu livro, ela narra o dia em que foi solta: "Deus não tem problemas, apenas planos".

Yad Vashem homenageou Corrie nomeando-a entre os Justos entre as Nações, além de condecorada  pela rainha da Holanda, em reconhecimento ao seu trabalho durante a guerra. Corrie mudou-se para a Califórnia em 1977, e morreu em 1983, aos 91 anos.

Nós, judeus*, nos orgulhamos em homenagear Corrie e toda a família ten-Boom, como heróis, por sua profunda coragem e sacrifício durante o mais sombrio dos tempos.

*Versão original no inglês pode ser vista no Accidental Talmudist

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