6 Dicas para aumentar audiência entre crentes, destruindo pessoas


Como se ganha dinheiro na internet? Audiência. Essas pequenas propagandas flutuando pela página que, quando clicadas, acabam por trazer lucro para o dono do site.

É pouco. Acredite. Não é qualquer site que consegue tirar um bom sustento apenas postando coisas edificantes e saudáveis em blogs cristãos, e certamente não é nosso caso aqui. Se você chegou até aqui nessas linhas, é uma absoluta minoria da internet.

Mas poderíamos reverter isso, já que existe um público fiel e que está sempre faminto na rede, procurando matérias difamatórias, bizarrices cristãs, absurdos gospel.

Faríamos como aqueles que estão atentos a esse sinais, e montam suas postagem arrebanhando milhares de leitores e fazendo assim um bom salário mensal. Umas dicas para você que quer sucesso nesse momento:

Antes, deixe o modo IRONIA ligado. Obrigado :)

Propague fofocas referente a líderes evangélicos:

É natural que existam pessoas desonestas, são bem conhecidas nesse mundinho gospel, mas o que dá audiência mesmo é falar contra aquele que está em alta e que leva sua fé a sério, mesmo que este não tenha nada de relevante que o desabone. Pode ser uma piscada de olho dada na hora errada, ou um suspiro durante uma pergunta tola. Vídeos podem ser editados, e reportagens distorcidas. Fale do tom de voz, insinue, distorça. Não se preocupe com as ameaças e insultos que essas pessoas receberão por gente que nem sabe do que fala.

O que importa é o seu retorno financeiro

Não se preocupe com o que escreve: crente não lê.

Uma título acusando, ou induzindo a acusação já basta para botar em dúvida gente que faz um trabalho bom em prol do Reino. Isso atrairá os "haters" (odiadores de plantão), grande parcela de internautas que sentem imenso prazer em apenas ofender por ofender pela internet. Estes farejam esse tipo de material e são muito úteis em propagar lixo em tempo de eleição.

Você que não é evangélico, não ache absurdo que existam entre crentes esse tipo de usuário: eles são muitos, uma "legião", se é que me entende. Usam camisetas sobre o amor de Jesus, postam versículos  e possuem bíblias caras muito conservadas, mas não se iluda: eles nunca leram, e as roupas e vocabulário específico servem apenas para poder transitar livremente entre as ovelhas.

Ainda sobre edição de vídeos:

Dia desses encontrei um canal onde um PRETENSO católico (poderia ser qualquer religião) montou um vídeo tosco sobre um pastor atualmente em alta. O pastor - sempre sóbrio e sereno - explanava sobre os desmazelos da igreja atemporal, incluindo o que aconteceu no meio cristão reformado (batistas, presbiterianos, pentecostais) e o sujeito recortou esses ditos, numa edição com efeitos sonoros de humor pastelão, tentando ridicularizar o palestrante, insinuando que sua religião não havia feito nada daquilo e mostrava o quão esses "protestantes" estão despreparados quanto ao conhecimento de História.

Claro: dezenas de haters do canal comentaram, a maioria em caixa alta e com português sofrível, sobre os odiosos crentes, colocando esse pastor sério na mesma caixa dos pilantras.Gerando ódio contra outros grupos, como é natural desses seres doentios.

Não importa o prejuízo: se teve audiência, e o autor ganhou seus trocos nas publicidade local, está justificado. E o pastor, acessível a todos pelas redes sociais, acaba por ser  agredido por não ter dito o que o youtuber colocou em sua boca com sua tosca edição.

Use títulos que te deem autoridade:

Pastor, bispo, apóstolo, profeta, teólogo, escritor. 

Dia desses, uma amiga dia me ligou e disse:
- Paz do Senhor, pastor!
- Oi. Não sou pastor.-respondi
- Sem problemas. Te consagro agora...

Rimos. 

Outra pessoa me garantiu que eu já sou isso, já que faço coisas que um pastor faz(sabe lá Deus a que tipo de ministro ela se referia).

O palanque elevado nas igrejas foi implantado pelo imperador Constantino, baseado nas bases dos prédios romanos de Catedra, e é claro, você nunca questionará pessoas que falam de lugares mais elevados de onde você está. Assim é a gravata e o paletó, assim é o título. Não é necessário dizer nada: a posição destacada e aparência superior entre os presentes falam por si só.

Ninguém questiona um "homem de Deus", apenas porque ele disse que o era, e se ele tiver fãs, estes o protegerão contra os seus "perseguidores", por mais que esse não passe de um picareta querendo ganhar mais leitores, e consequentemente, mais dinheiro.

Não que todo pastor que use seu título diante do nome queira impor respeito pela posição conquistada. Conheço muitos que o utilizam apenas como forma de mostrar sua pré-disposição  em querer auxiliar quem precisa.

Coloque-se como defensor de algo sagrado, e portanto, inquestionável.

Sim, seja algum paladino da justiça que tenta defender uma nação ou sociedade de um ataque maligno qualquer. 

Como disse antes, escreva o que quiser para justificar isso: Se esse crente lesse a bíblia, jamais daria atenção a esse tipo de porcaria que você diz defender.

Procure pautas que tenham grande busca no Google:

Um segredo bom para você, picareta de plantão. Se o assunto da moda é homossexualismo, por exemplo, embarque nessa falando contra aquele que é minoria. Não importa se este pequeno defensor está certo: Todo mundo curte um linchamento. 

Nunca percebeu quando um grupo começa a bater em alguém? Sempre tem aquele que aproveita para dar um chute, mesmo sem saber as razões da surra que a vítima está levando. "A maioria deve estrar com a razão, eu nem preciso me preocupar".

Política na igreja esta em alta e justifica ódio. Aproveite!

Crie perfis falsos e comente suas próprias postagens, apoiando ou atacando. Crie um teatro! 

Conheço blogueiros que montam o cenário, dizendo que partido X ou Y é do mal, que cristão que vota no W não é cristão, e pior: eles tem audiência e seguidores que compartilham as ideias.

Um blogueiro -dito -  cristão (até conhecido) postou vasta matéria sobre um conhecido e respeitado pastor. No texto, ele o denegria e insinuava que este estava envolvido em conexões satânicas e políticas reprováveis aos "cristãos de bem".  Até aí, não conseguiu a projeção que gostaria, já que apenas seus leitores fieis (que nem leem o monte de coisas que escreve) o apoiavam. 

Foi então que ele mesmo postou um comentário anônimo, se ameaçando (ainda rio ao lembrar disso). Em resumo era algo assim:

"Somos iluminattis e protegemos esse pastor. Retire o post ou sofra as consequências"

Ele, valentemente, respondeu:

"Não tenho medo de vocês e não retirarei o que escrevi!"

O povo que frequenta aquele site foi ao delírio, aplaudindo a coragem, se comprometendo a ajudar no que fosse preciso, divulgando, fazendo orações e claro, mandando grana para sustentar o ministério do corajoso escritor.

Eu, particularmente, fico com pena de fazer pessoas de idiota, por mais que algumas mereçam. Mas era ano de eleição: ele preparava sua vitrine para receber convites partidários. Apenas negócios, meu caro.

Em tempo de eleição alguns de nós, blogueiros, somos remunerados para espalhar esses conteúdos, mas fora desse tempo, é apenas fazer a manutenção da audiência. 

Mesmo assim, o prejuízo permanece para as pessoas que pecam por se destacar em seu trabalho. Na minha fan page ainda há quem demonize esse ou aquele pastor, e defenda feroazmente outro, que é  cabo eleitoral disfarçado de ministro.

"Essa página defende esse pastor com essa teologia "espúria" ou "iluminatti", "anti-Cristo". São esses os comentários santos que leio não com pouca frequência.

Quando você procura saber o originador das críticas e ofensas, se depara com um honorável Zé Mané (como eu) que vive de denegrir a história de vida alheia. E ele só o faz, porque você, caro leitor faminto por fofocas e maledicências o sustenta.

Sim, caro leitor amigo: Não existiriam traficantes se não houvesse consumidores, nem pastores picaretas se não fosse a pessoa que insiste em ser medíocre e ignorante, quando tem um Deus pronto para te fazer crescer.

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