No meu quarto há um aquário. Ela se chama TV. Um ou outro familiar a deixa ligada as vezes, e eu, por preguiça ou desanimo, deixo ligada, vomitando suas mentiras sobre o que é melhor para meu consumo ou o que o apresentador tem como opinião para eu tomar como meu. Eu sei: absurdo permitir que o lixo emitido ininterruptamente inunde os espaços dos cômodos da minha casa. Mas nosso mundo é um absurdo e ele, esse mundinho, é feito de gente como eu, absurda. Em determinada hora, uma novela mostrava escravos negros, munidos de foices e facões, assistindo passivamente um jovem africando amarrado ser chicoteado por um único homem branco, o dono da fazenda. Eles pareciam não perceber que eram maioria e que aquele agressor não teria chance se eles, os escravizados, se dessem conta disso. Olhavam com revolta, mas estavam sem ação contra o espancamento usado para mostrar à comunidade escravizada o que acontecia com quem desobedecia qualquer regra imposta. Lembrei do final da animação
Ah que bucólico.
ResponderExcluirSerá que eu vou ser um velhinha que conversa até com poste e ainda dá receita para curar empingi? quem viver verá.
Gente!!!!! Que coincidência.
ResponderExcluirPreciso contar.
Tava na parada, veio uma velhinha perguntando que ônibus passava para ir tal lugar, porque ela tinha que ir para a aula de natação e a filha dela, que normalmente levava, não podia mais, então ela queria saber que ônibus passava ali para chegar no destino dela. Eu disse qual era, mas ela disse que sabia que outro passava também, mas tinha que pegar outra para pegar esse, mas que não fazia mal pegar dois ônibus pois ela era maior de 65 anos e não pagava e além do mais caminhar é um bom exercício, e ela até podia fazer caminhadas na praça à frente, mas ela preferia natação porque é dentro d'água e no calor ela se sente melhor assim, apesar de ser inverno agora, mas no verão ela ia sentir, podemos ver isso hoje que tá quente apesar de ser inverno.
Eu fugi para outra parada e para a minha surpresa ela não pegou o oônibus (que era o mesmo que o meu). Aí numa parada, o ônibus parou e vi uma mulher correndo para pegar o ônibus e entrou. Era ela. Estava sentada no banco do corredor, saltei para a janela e me fiz de dormindo. Tinha uns 10 bancos livres duplos que ela podia sentar. Mas sentou do meu lado e a conversa continuou até ela descer.
kkkkk doce carrapatinha, Cibele
ResponderExcluirA idade parece "destravar" algumas barreiras sociais, engraçado.
Coitada.. a velhinha estava falando com o falecido e nem o reconheceu..rsrsrs
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