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A batalha na"vida de inseto": o despertar.

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No meu quarto há um aquário. Ela se chama TV. Um ou outro familiar a deixa ligada as vezes, e eu, por preguiça ou desanimo, deixo ligada, vomitando suas mentiras sobre o que é melhor para meu consumo ou o que o apresentador tem como opinião para eu tomar como meu. Eu sei: absurdo permitir que o lixo emitido ininterruptamente inunde os espaços dos cômodos da minha casa. Mas nosso mundo é um absurdo e ele, esse mundinho, é feito de gente como eu, absurda. Em determinada hora, uma novela mostrava escravos negros, munidos de foices e facões, assistindo passivamente um jovem africando amarrado ser chicoteado por um único homem branco, o dono da fazenda. Eles pareciam não perceber que eram maioria e que aquele agressor não teria chance se eles, os escravizados, se dessem conta disso. Olhavam com revolta, mas estavam sem ação contra o espancamento usado para mostrar à comunidade escravizada o que acontecia com quem desobedecia qualquer regra imposta. Lembrei do final da animação

A inutilidade evangélica no combate aos demônios

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Uma das dezenas de imagens no Google imagens na palavra "peça evangélica gospel" Sempre me questiono nas peças teatrais apresentadas nas igrejas evangélicas quando tentam representar a influência do mal militando contra o bem. O maligno é, na imensa maioria das representações que assisti, feita por algum ator vestido de negro, com trejeitos arrogantes, com gargalhadas bruxescas e com um discurso óbvio – e ineficaz – sobre como domina os pobres desgraçados que não se enquadram às regras daquela denominação. O discurso diabólico muda de denominação para denominação, de tempos em tempos. Você pode ser um humano sobre influencia demoníaca por usar saias muito curtas em determinado local e tempo de uma sociedade, ser condenável por não usar um véu, réu de condenação ao inferno por ter questionado alguma liderança desses núcleos religiosos. Ou apenas por cortar o cabelo ou chutar uma bola. A maioria dessas igrejas tem seus diabos particulares, e os construirão segund

Testemunhos estranhos - relatos anônimos.

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Pode ser que este seja apenas um conto fictício. Talvez seja algo enviado por alguém que vive esse dilema de bastidores e resolveu compartilhar o relato.  A intenção não é julgar. Apenas apresentar o episódio e, quem sabe, o leitor tenha soluções a propor. “O que eu quero é que meu marido tenha um pênis grande, pastor” – contou ele a esposa, logo após o jantar, quando as crianças já estavam em um sono pesado. Era mais um dia no escritório pastoral. A pedido do marido da mulher que fez a declaração acima, o pastor chamou o casal, membros assíduos de sua igreja, para aconselhamento. Seria mais uma tentativa de reconciliar aquele casamento em vias de separação. A esposa irredutível, diante dos argumentos do líder espiritual, de que Deus tudo poderia mudar como tinha feito com diversos, proferiu a sentença acima. Ela queria algo que as orações não podiam dar. Acreditava que a plenitude de sua sexualidade só podia ser alcançada daquela forma. - Não é culpa dele, pastor. Mas ele

Perdendo minha religião - um comentário.

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Após postar essa música em meu perfil pessoal, “Loosing my Religion”, R.E.M., gravada em 1991, comentei sobre a profundidade da letra na legenda e um amigo acabou questionando a que profundidade me referia. Talvez a letra fale mais comigo por conta da minha experiência pessoal com o assunto “religião”. Um dia você levanta. Um dia como outro qualquer. Uma quinta ou terça. Tanto faz. Mas... Percebe que algo já não cabe mais na sua alma, e não entende bem o que é. Você cresceu cercado de informações e crenças, costumes e hábitos, e não há razão para serem confrontados. Mas o são. De forma involuntária tudo aquilo é colocado em um banco de réus. Todo o sistema religioso, suas crenças e seus porquês perdem – de uma hora para outra - o sentido, a ponto de ficarem irremediavelmente obsoletos. A canção fala sobre essa constatação quando, com todo cuidado, o interprete confessa que a fé dentro dos parâmetros ensinados não tem mais poder sobre ele. Acuado, como no can

Taxistas japoneses relatam: fantasmas estão passando por passageiros

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Taxistas que trabalham no nordeste japonês, área devastada em março de 2011 por um terremoto seguido de tsunami, relatam o surgimento de “passageiros fantasmas”. Pelo menos sete motoristas da cidade de Ishinomaki, onde morreram aproximadamente 6,000 pessoas afogadas no Tsunami, testemunham o encontro com estes seres. Yuka Kudo Os homens fazem parte de um grupo de 100 motoristas entrevistados por Yuka Kudo , estudante de sociologia da Universidade Tohoku Gakuin, como parte de sua tese de graduação. Um dos entrevistados relatou que uma mulher embarcou em seu taxi próxima a estação de Ishiomaki, poucos meses após o desastre. Ele pediu para que ele se encaminhasse para o distrito de Minamihama, no que o motorista respondeu que não havia sobrado nada daquela região após a catástrofe. Enquanto o taxista contava detalhes sobre a tragédia, a mulher perguntou: “como eu morri? ”. Quando ele olhou para trás, o veículo estava vazio. Outro motorista, que trabalha em outro ponto

Morte: aquele papo desagradável que teremos que ter

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Dia desses, meu filho reclamava desse papo deprimente que ainda dominava as pautas em nossas últimas conversas familiares. Essa geração não gosta de gastar sua parca concentração em assuntos tão delicados e desagradáveis. Era inevitável, devido o ocorrido pouco antes do natal. Era dia 22 de dezembro de 2015 quando a noticia chegou, de forma totalmente contemporânea: meu cunhado mudou a foto de perfil, informando-nos que estava de luto, mas sem avisar sobre a quem ele se referia, mas as um link acompanhou a postagem. Não demorou para descobrirmos que sua mãe, avô e sobrinha faleceram na rodovia Rio-Santos em um acidente de carro a caminho de Bertioga. Todos moravam em São Paulo, em um prédio construído pelo então falecido avô, de noventa anos. A mãe, de sessenta, estava no volante na hora do impacto, e levava ele e a neta de sete anos. Iam para os preparativos da ceia de natal, a ser celebrada no litoral. As filhas de meu cunhado já aguardavam a chegada na casa da pr

E assim, morreram os sodomitas.

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Se você chegou até aqui, muito provavelmente deve imaginar que se trata de mais um texto sobre a prática sexual entre pessoas do mesmo sexo. Será? Biblicamente falando, muitas cidades foram destruídas por guerras, calamidades naturais, invasões. Nínive foi avisada pelo profeta que seria destruída, e de Jerusalém, não sobraria pedra sobre pedra. Mas Sodoma - juntamente com Gomorra - duas das cinco cidades-estado do Vale do Sitim, descrito como local paradisíaco (o que influenciou a escolha do sobrinho de Abraão na hora da separação dos rebanhos. Ló se guiou pelo que viu: seu próspero e verdejante cenário), foi publicamente condenada pelo Deus altíssimo, que enviou pessoalmente representantes para destruí-la. Os dois "varões" chegam a cidade para o resgate de Ló, o sobrinho, que nada sabia. O generoso anfitrião corre para acolher os visitantes sobre seu teto, com a benevolente preocupação com o bem-estar dos forasteiros, atípica naquele meio social. A ge